domingo, dezembro 30, 2007

*ADEUS ANO VELHO*


**Adeus ano Velho**
*****
Um feliz ano novo diz a canção
A cada minuto tudo fica velho
É da natureza do universo a criação
Entre fracassos e sucessos é espelho

A cada minuto tudo fica velho
Para uma transformação rotineira
Entre fracassos e sucessos é espelho
Imitemos então os bons sem asneira

Para uma transformação rotineira
Pisemos com o direito e sabedoria
Imitemos então os bons sem asneira
Pra não chorar o passado em agonia

Pisemos com o direito e sabedoria
Plantando amor para colher amor
Pra não chorar o passado em agonia
Dê sua parcela não gerando desamor

Plantando amor para colher amor
Estenda a mão sustente o refrão
Dê sua parcela não gerando desamor
Um feliz ano novo diz a canção
*****
Sogueira

*COM O MESMO CIMENTO*


*Com o Mesmo Cimento*
*****
Edifica-se um espaço em desafio
Grande por fora numa visão pomposa
Pequeno por dentro por escassez de brio
Congelado no vazio, um jardim sem rosa.

Com o mesmo cimento numa choupana
Vi, assisti, presenciei dois amores ternos.
O amor aflorava visível na membrana
Eram duas almas em gozos eternos

Era menina, trago na lembrança a lição
De uma vida simples, o sorriso constante
O zelo, o companheirismo a paz reinante
Sem filhos viveram, completos e amantes

Na ausência da parceira para o além
A outra alma definhou sem alento-emoção
E Deus o chamou para unidos também
Completarem o ciclo em comunhão
*****
Sogueira

segunda-feira, dezembro 24, 2007

*TEÇO MEUS VERSOS*


**Teço Meus Versos**
***
Teço meus versos comemorando
Coração na emoção vibrando
Por mais uma travessia criando
Atividades virtuais neste canto

Toda a cidade iluminada
Presépio, peru, risos, glória
Rezemos aos que abandonados
Cai a lágrima, riso inglória

É o aniversário do Jesus Menino
Unimos nossos pensamentos
Na força do amor, que o destino
Abra as portas sopre os tormentos

Senhor Pai criador do universo
Abençoai esta terra fecunda
Como prenda Te peço e confesso
Sou inferior, nossos corações inunda

De mais sensibilidade fraterna
Pra que o irmão desgarrado infeliz
Participe desta passagem sem guerra
Com a mente livre coração sem cicatriz

Feliz Natal sem fronteiras
Neste canto de emoções eternas
Em cada página sem barreira
Unamos-nos em laços fraternos.
*****
Sogueira

* A FELICIDADE*


**A Felicidade...**
*****
Dos sonhos a prioridade é destaque,
Aonde encontrá-la entre tantas
Que satisfaça em qualquer estoque
Feito mercadoria compram-se quantas?

No contentamento a felicidade difere
Varia na escolha do objeto, setor
Prazerosa busca status o bem confere
Cai por terra quando acaba o esplendor

A felicidade como milagre eterno
Nos acompanha busca infatigável
Como atiná-la no outro sexo terno
Nós somos cada um único inviável!

Para ofertar este sonho desejado
Precisamos tê-lo em demasia
Repartir com desvelo cultivado
Trazê-lo é missão, quem ousaria?
*****
Sogueira

*FALAR DE SAUDADE*


**Falar de Saudade!!!
****
Da rapidez do tempo, a serenidade
Das saudades tantas em prioridade
Da infância livre, mente liberta
Dos rigores que a vida desperta

Da ignorância, pureza da alma...
Longe das tormentas despindo a calma
Da longa distância para o final do ato
Descendo a cortina, agora é disparato...

Do sono tranqüilo longo relaxado
No pequeno povoado bem afastado
Dos sonhos, dos amores que viriam
Da longa estrada que a mente fantasia

Ah! Que saudade danada nesta manhã
Tempo nublado da Fortaleza cristã
A água da chuva beijando a janela
Sem cheiro de terra, no asfalto passarela

A saudade não dispensa freguês
É companheira assídua rotineira
Às vezes saudades sem fronteiras
Outras vezes, não tem hora ou vez.
*****
Soguiera

domingo, novembro 11, 2007

*MÃOS QUE AMAM*

**Mãos Que Amam**
***
A mão que oferta flores perfumadas
Enlaça na certeza do toque afetuoso
Jamais atira pedra sempre acaricia
Acena na chegada contato carinhoso

Nas mãos está a oferta espalmada
Acolhe balouça a rede na varanda
Agita o coração acelera as badaladas
Aquece o corpo obedece e comanda

Nas tuas mãos o toque da palavra
A cura da receita oferecendo a calma
Mão que me aquece amor invade a alma

Segura minha mão mesmo na distância
Elevo o pensamento envio a bonança
Serenidade já alcança na lembrança

Nas flores perfumadas de teus braços
Tatuo meus caminhos, meu destino.
Na trama delicada vários passos
Levando ao sonho intenso de um menino

Vencido pelas dores; novos traços
De um tempo que, infeliz, não mais domino,
Apenas nos meus olhos frios aços,
Rondando meu caminho em desatino.

Mas tendo a flor nas mãos de quem desejo
Quem sabe eu poderei rever bonança
Na trança dos cabelos da menina

Que um dia percebeu que não termina
O sonho de quem traz uma esperança
Singrando ao paraíso que eu almejo...
*****
SOGUEIRA
Marcos Loures

*NA LUA PÁLIDA O AMOR*

**Na Lua Pálida o Amor**
*****
Na melancolia da lua pálida
Fitei teu olhar, embevecida
Sem nem ocultar das estrelas
A palavra que ainda sucumbia

O sonho já navega extasiado
Sentido o amor na noite cálida
Abranda o coração que silencia
E juntos contemplando noite fria

Como sonâmbulos saímos adiante
Aonde à vontade nos guiou
Paramos onde o vento nos levou

E a noite uma estrela iluminou
Em ousadia até a nuvem ali parou
Pra contemplar a natureza do amor

Nas fráguas desta lua, mil vigílias,
Nas curvas dos meus sonhos, riso franco.
Florindo em meu caminho belas tílias
Ao manto desta lua imensa, branco.
Sangria no meu peito, eu não estanco,
Na paz que desejamos, maravilhas,
No olhar deste prazer já não mais manco
E vivo em solidez as nossas trilhas.

Arcando com meus passos tua guia
Levando ao infinito deste amor.
A cada novo encanto, um sonhador

Nos aços transformados alegria
Pátio da tua rua, meu caminho,
Deitados sob a lua, beijo e vinho...
*****
SOGUEIRA
Marcos Loures

**SE EU PUDESSE**

**Se Eu Pudesse**
*****
Faria do sorriso uma lei
Da sinceridade obrigação
Da virtude trono e rei
Da maldade condenação
Da humildade uma glória
Da honestidade a vitória

Do pai a legalidade
Do filho a gratidão
Da lei a responsabilidade
Dos irmãos a comunhão
Da família a união
E pureza na alimentação

Ah! Se eu pudesse
Ser invisível ao mundo
Curar a úlcera da nação
Olhar bem o poço no fundo
Mostra que o amor salvação
É virtude é ressurreição
*****
Sogueira

*VALIDADE DOS SONHOS*

**Validade dos Sonhos**
*****
Vasculhai as gavetas dos sonhos
Muitos as traças roeram sem dó
Outros a validade foi mais breve
Dois permaneceram intactos sem pó

Há sonhos sem valência vigente
Impossível até sua execução
Outros o destino os destrói
Arrebata das mãos sem perdão

Há sonhos tão inconstantes
Que muda a mais simples palavra
São como viajantes andarilhos
A cada pouso outro sonho trava

Meus dois sonhos invioláveis
O mundo os pôs fora de moda
Se as janelas forem abertas
Escondem-se cabisbaixo, poda.
*****
Sogueira

**MINHA ILHA**

**Minha Ilha**
***
Meu coração é uma ilha imensa
Cercada de amor por todos os lados
Em extensão menor que o mar
Maior no sonho voando alado

Não deixo a solidão me afogar
Nem alagar meu interior sossegado
As águas que me inundam
Só das lágrimas das saudades

Nesta ilha onde habito recuada
Os barcos que ancoram são remados
Das mais caras amizades desejadas
Que me levam uma rosa perfumada

Neste terreno menos extenso aqui
Reside um amor profundo e imenso
Que o mar em toda sua extensão
Seria lagoa sem banho intenso

Para entrar na minha ilha encantada
Tesouro de rara beleza herdado
Só com senha de segurança
Só um coração com amor despojado
*****
Sogueira

*RAINHA SEM COROA*

**Rainha sem Coroa**
*****
Dois olhinhos abismados
Vendo a rainha Sofia no trono
Tinha uma TV descolorada
O telão da vizinha era um sonho
Era tanto luxo e poder
Que a mente da pobre coitada
Imaginou-se princesa
Sonhado na rede acordada

Salve rainha mãe de misericórdia
Sou princesa das calçadas
Nas mãos como anel uma lata
Na cabaça o cabelo desalinhado
As vestes sujas rasgadas
Sem sorriso vagando do nada
Rogai por mim minha santa
Nada posso, caminho sem estrada.
*****
Sogueira

*AMOR DE POETA*

**Amor de Poeta**
*****
Ama escreve sentimentos idealismo
Viaja aonde o pensamento alcançar
Vai muito além do infinito até no abismo
Se o coração permitir sem esgotar

Viaja aonde o pensamento alcançar
A mensagem guardada em segredo
Se o coração permitir sem esgotar
Palavra antes relegada em degredo

A mensagem guardada em segredo
Postada sem reserva abre a janela
Palavra antes relegada em degredo
Ganha alforria ajoelha-se na capela

Postada sem reserva abre a janela
Em versos agora já lapidados
Ganha alforria ajoelha-se na capela
Faz uma prece ao amor antes negado

Em versos agora já lapidados
Exalta sem segredo todo lirismo
Ganha alforria ajoelha-se na capela
Ama escreve sentimentos idealismo
*****
Sogueira (Pantum)

sábado, outubro 06, 2007

*GUARDEI-ME PARA TI*


**Guardei-me Para Ti**
*****
Guardei-me para ti por inteira
Em sonhos devaneios e desejos
Sem temer desafios nem destino
As raízes já cresciam tempos ledos

O corpo já o tocava em sonhos
Na pele o toque suave do cheiro
No peito a cabeça repousava leve
O mundo era só meu todo inteiro

Não vias a grandeza do olhar
O afeto em cada poro escorregando
O coração abrindo como um leque
Esperando o calor que aquece amando

Perdi-te na estrada mal percorrida
Perdeste mais ainda a mim disseste
Soterrei cada partícula do pensamento
O amor este voou em campo aberto
*****
Sogueira

*A NUDEZ DA ALMA*


**A Nudez da Alma**
*****
Abro as janelas para este dia iluminado
A alma sorrir e entrega-se sem desvio
Mostra que o caminho tem direção certa
Quando acende o sol nos dias sombrios

Abriga a palavra do perdão contido
Faz desta palavra seu escudo e poder
Na humildade recolhe a sabedoria
Enterra sem retorno a dor que faz sofrer

Tantos os fantasmas que a mente cria
Empobrece a vida missão Divina
Passagem rápida espaço limitado
Reduz-se ao nada o mesmo destino

Os cacos trituro-os ao pó entrego a terra
“Se a emenda é pior do que o conserto”
Lavo cada seqüela com a força da coragem
O coração sorrir o corpo revive de certo
*****
Sogueira

*ALIMENTO SAGRADO DO POETA*


*Alimento Sagrado do Poeta*
*****
Está na fachada na entrada na palavra
Na estampa dos versos no bordado
Das palavras, quem as entende fala
Decifrá-las quem há neste recado

Sacramento do coração sete chaves
Ao olhar um objeto, cenário, paisagem
O pensamento dialoga resposta viva
Outro olhar nova mensagem outra miragem

A palavra viva alimento do poeta
É sacrário inviolável sem critérios
Criticar erros sem saber dos mistérios
Da mensagem criada seu remédio!

É violar todo seu potencial descoberto
“o home pranta e coe o suó da terra”
Qual o mestre da gramática pra discordar
Da palavra humilde excluída nesta selva?
*****

Sogueira

terça-feira, setembro 18, 2007

*A LÁGRIMA E A EMOÇÃO*

**A Lágrima e a Emoção**
*****
São meus amigos verdadeiros
A lágrima corre fácil na face
A emoção aperta o peito trigueiro
Aonde for preciso sem disfarce

Foram tantas que os momentos
Já esperam fitos enternecidos
Se de tristeza, saudade ou dor
Ou de alegria elas correm comovidas

Elas brotam fáceis e descontraídas
Basta um afeto, uma palavra um abraço
Um elogio, uma saudade ao acaso

Quando a emoção abre os braços
A lágrima faminta sorrir sorrateira
Ambas se completam por inteiro
*****
Sogueira

**UNIDOS VENCEREMOS**


**Unidos Venceremos**
*****
Venceremos sim de mãos dadas
São regras obedecemos mais nada
Se a equipe for bem formada
O sucesso continua em disparada

A família em união já conquistada
O barco navega em longa jornada
Venceremos sim de mãos dadas
São regras obedecemos mais nada

Seguro firme na mão conquistada
Projetos em ação o passo tomado
Direção firme em cada passada
Sem desvio de rota na dura jornada
Venceremos sim de mãos dadas
*****
Sogueira

*INVENTA-SE AMORES?


** Inventam-se Amores? **
*****
Não há invenção para o amor
Ele é dom natural criação Divina
Reside em situações variadas
Amor maternal, fraternal infinitos.

Sonhar com o amor e ser amada/o
Alma e corpos unidos em comunhão
Busca de todos sem exceção é fato
Complemento irrevogável amor prisão

Clausura que arrebata força vínculo
Aprisiona a mente corpo padece
Ao mais humilde dos pobres mortais
A fecha do cupido alcança estremece

A poesia simboliza amor dos sonhos
Fantasia imagens de contentamentos
Se verdades não há em tal encanto
Alimenta os sonhos vividos no momento

Por que não amar com todo esplendor
Se a alma carece o coração grita
Ânsia de todo mortal que ainda respira
Único complemento que enobrece a vida
*****
Sogueira

quinta-feira, setembro 06, 2007

*BRASIL INDEPENDENTE*


*Brasil Independente*
*07 de Setembro*
*****
Quinhentos e sete anos de liberdade
Na procura de uma direção firme
Descendo ladeira seguindo estrada
Enfrentando fortes desafios

Já foi colônia em tempos idos
Imperou com altivez e brilho
Na república desfile de poderio
Até na soberania popular, empecilho.

Terra de povo humilde sofrido
Mesmo na pobreza eleva o riso
A cada mudança nova esperança
Em cada promessa eleva-se o brio

Louvo-te assim mesmo és lindo
Tuas matas pulmão que respiramos
Sopram em nossos corações alentos
És nosso nobre Brasil, te amamos.
*****
Sogueira

sábado, agosto 18, 2007

*MEUS DILETOS COMPANHEIROS*


**Meus Diletos Companheiros**
*****
Desde bem cedo na infância ainda
Era o cordel meu fiel companheiro
Longe das grandes bibliotecas
No sertão foram os livros primeiros

Folheava um a um com esmero
Lia-os com a ganância do saber
O Pavão Misterioso foi o primeiro
Cantava seus versos com desvelo

No ginasial foi um desfile de garbo
Machado de Assis, José de Alencar,
Guimarães Rosas, Gilberto Freire
Eça de Queiroz, romancistas primeiros

Drumonnd, Vinicius, Fernando Pessoa
Poetas que encantam com brilho
Na poesia ou na prosa em questão
Era na passarela leitura de estilo

Citá-los todos é missão bem difícil
Um poema é pouco há tanta época de brio
Prefiro apenas lembrar que a base do saber
São os livros escola viva e faz crescer

São meus amantes amigos diários
A cada momento uma dúvida citada
Cada página há nova aprendizagem
Até os alfarrábios são valiosos no trato
*****
Sogueira

*MEUS SEGERDOS*


**Meus Segredos**
*****
Meus segredos são raros vazios
Vivem despovoados em exílio
Tal a insignificância do propósito
Que está até perdendo o prestígio

Só são dois, são amigos sem brios
Sem direção quando penso até rio
Meus segredos são raros vazios
Vivem despovoados em exílio

Pra aplacar seu desejo enfurecido
Certo dia, indaguei ao seu ouvido
Por que teimas em querer tal desafio
Tua força é inferior, não há destino
Meus segredos são raros vazios
*****
Sogueira

terça-feira, agosto 07, 2007

* SONHOS OU UTOPIA? *


**Sonhos ou Utopia?**
*****
Se não posso apagar o sol que queima
Nem amenizar o calor que apele tinge
Posso fazer dele um aquecedor do sonho
Acalorar o coração na geleira do destino

Sair à procura da flor azul qual vaga-lume
Que na escuridão sem medo perde o prumo
Talvez seja utopia, pelo engano do caminho
Mas o sonho da esperança dá vida e rumo

E os passos que na estrada são infindos
Caminhos e curvas perigosas aos montes
E o sonho continua sem titubear a sorte

Cabaça erguida coração pulsando forte
Adentra qual tufão enfrenta risco e sina
É a vida dos sonhos aventura auto-estima
*****
Sogueira

sábado, agosto 04, 2007

*RAZÃO E EMOÇÃO*


**Razão e Emoção**
*****
Olhaste pelo espelho na parede
Sensualidade, emoção unidas pulsaram
Coração comandou momento êxtase
Alma e corpo juntos desnudaram-se

Nesta reação breve, pura e fugaz
A razão foge aos desencantos
Só o sentimento é domínio e traz
A força do inesperado momento insano

Razão e sentimentos conflitantes
Debatem-se, rivais razão é lógica
Razão grita, sentimento explode
Ambos têm a mesma força milagrosa

Os dois viajam pelo mesmo trilho
Com a mesma intensidade e brilho
A emoção comanda o coração
A razão, cabeça pensante, desafio

As duas seguem-me constantemente
Oras a razão domina as rédeas
Oras a emoção inunda a alma
As duas equilibram, memento estéreo.
*****
Sogueira

sexta-feira, julho 27, 2007

*AS DUAS FACES*


**As duas Faces**
*****
Trás na tua face amor insano
Fogo que devora em pleno olhar
Desejo que ao dia vibra e chora
À noite é teu destino à lua, o bar.

Palavra sem retorno à vida leva
Juras e promessas vãs momentos
Em cada sentimento uma lágrima
A cada encantamento um juramento

Na boemia da vida é teu talento
Quem pode o coração ditar razão
Nesta força inata, origem certa
Onde a regra não domina emoção

Assim entre sorrisos, amarguras
O amor grita mais alto em defesa
Lutando na conquista, na aventura
Na ânsia de ofertar, mais puro beijo

Vivamos o momento aqui, agora
Hoje, ofertando ingrato desamor
A mesma mão q’ implora teu auxílio
Suplica teu perdão, invoca amor .
*****
Sogueira

sábado, julho 21, 2007

*MINHAS EMOÇÕES*


**Minhas Emoções**
*****
Hoje sou sol vibrante, resplandecente
Penetro em toda fresta, luz impetuosa
Amanhã talvez penumbra disfarçada
Só o esboço nas sombras, miraculosa.

Ontem fui chuva, cheiro de terra molhada
Lágrima derramada, no peito guardada
Sentimento folgado expandindo saudade
Marcas suaves, passagens dissipadas.

Amanhã serei lua, inspirada contemplada
Farei versos de amores, natureza simulado
Em cada estrofe sentimentos renovados
Registrados na mente, ao público ofertado.

Em cada momento o sentimento flutua
Vôo no espaço, o pensamento desnudo
Cativo amizades, recrio mensagens
Nesta miragem poética crio meu mundo.
*****
Sogueira

*DUAS BOCAS*


**Duas Bocas**
***
Bocas que falam ao mesmo tempo
Confusas, num diálogo em desigual
Fugindo, discussão tempo recorde
Distantes se mantêm tempo irreal

Bocas que unidas se encontram
Num diálogo de paz e harmonia
Projetos são criados base certa
O beijo é selado em maestria

Bocas que alimentos necessitam
Para a fome saciar, rotina e vida
Rastejam pelas ruas, quer guarida
Atacam é furto certo, quem domina!

Na boca que o olhar sente desejos
A sede da imagem sacia enlevo
Os sonhos emolduram um belo quadro
No encontro destes lábios é desfecho
*****
Sogueira


sexta-feira, julho 20, 2007

* DIA DO AMIGO *


*Dia do Amigo *
20 de Julho
***
Que falar deste dia tão singelo!
Da amizade, da presença tão fiel
Do ombro que oferece sempre
Das palavras doces, feito mel

Amigo é para guardar bem perto
Dentro do coração, permanente.
Ouvir suas dores, contentamentos.
Está pronto para qualquer momento

Amigos são poucos, nesta esfera
Mas, se como irmãos dão alento
Trás segurança pra vida por certo
Vale por todos em hora e tempo

Para todos os meus amigos
Presentes, ausentes ou virtuais
Minha homenagem sincera
Meu abraço apertadinho e mais...

Uma longa vida, saúde e paz
Uma amizade longa e verdadeira
Ofereço mesmo teclando ligeiro
Um sorriso bem verdadeiro
*****
Sogueira


sexta-feira, junho 29, 2007

*FESTAS JUNINAS*

**Festas Juninas**
*****
As festas juninas chegaram
Com alegria no grande arraial
Os casais dançam animados
Rodopiam com frenesi geral

São evoluções bem variadas
Casais trocando seus passos
Vestidos com babados e fitas
Desfilam ao pé dos seus pares

A competição é arrojada
Disputam o primeiro lugar
Nascem amores nos ensaios
O casamento vai breve chegar

Há comidas das mais variadas
Em cada região tudo é usado
Pamonha, milho, canjica, cocada
Tapioca, mugunzá, pipoca salgada

As moças indagam dos santos
Com adivinhações variadas
Pedindo a São João, Santo Antônio
Um marido pra serem amadas
*****
Sogueira

*OCORPO HUMANO*


**O Corpo Humano**
****
Este corpo que meus olhos já saciam
De uma perfeição ímpar em desigual
Eterniza-se numa miragem deslumbrante
Pecado mudo ocultamente sensual

Todos os cantos projetados em sintonia
Olhar sereno, infiltrando no meu ser
Mãos que afagam deslizando mansamente
Sorriso grande de conquista e querer

Esta escultura caprichada em oferta
Que a providência esculpiu naturalmente
É desafio as mortais simples carentes

Corpo perfeito que a terra há de tragar
Em igualdade a tantos outros desprovidos
Que seja eterno enquanto vida for servido
*****
Sogueira

*MINHAS LEMBRANÇAS*

Minha pequena cidade
***
**Minhas Lembranças**
*****
Sertão de grande beleza onde nasci
Rios de enchentes anuais desfilavam
O nado era diário ao sol escaldante
As águas barrentas, galhos carregavam

O peixe das águas doces, sabor natural
A tarrafa jogada em força, tamanha
Lembro com saudade imensa e mais
A chegada do meu pai feliz da façanha

As brincadeiras de rodas ao luar.
Visitando os parentes, o leite mugido
Os longos passeios com minha avó
A melancia, a batata pura, servidas.

As festas religiosas únicas do lugar
O encontro dos parentes afastados
As quermesses disputadas com rainhas
Eu “rainhazinha” criança desfilava Ah!

Que saudade que aperta o coração
Criança feliz, com um pai em devoção
O coração apertou agora bem de mansinho
Das lembranças, das boas recordações.
*****
Sogueira

*DUAS METADES*


*Duas Metades*
*****
Sou metade do amor carente
A outra metade és tu vibrante
Completando esta harmonia
Duas almas vias deslumbrantes

És sol iluminando meus dias
Sou lua claridade das noites sombrias
Esconde-te pra tua luz me ofertar
Irradio as noites inspirando poesias

Sou como a terra fértil a procriar
E tu semente origem da fonte vida
Ambos numa simbiose de união
Seres que navegam de forma definida

Somos duas almas metades desiguais
Dois seres incompletos, origem animal
Células que unidas na criação Divina
Completam-se na procriação Universal
*****
Sogueira

quarta-feira, maio 09, 2007

**À MINHA MÃE**

** À Minha Mãe **
*****
Minha mãe inesquecível
Saudades trago comigo
Passam anos, correm os dias
Sua lembrança em meu ser
Acompanha meu viver

Sua ausência é tão forte
Sua presença é constante
Que a palavra mamãe
Soa eco como um canto
Numa sinfonia cantante

Em nada me seguiu na vida
As primeiras palavras soletradas
Os primeiros passos inseguros
A mamã... Balbuciada in loco
O aconchego ofertado do colo

A faceirice na adolescência
As notas dez na sabatina
A primeira batida do coração
As emoções escondidas
A proteção que mãe domina

Sonho com a imagem da foto
E a mente registra abismada
A admiração e o encanto
Que a mim dedicava de fato
Sua princesa, a caçula esperada.

São recordações benfazejas
Que deixa a mente vazia
E uma saudade tamanha
Que o coração palpita
A lágrima rola na face
E o consolo domina

As mães omissas, ociosas,
De frutos desditosos
Que ao mundo destinou
Deus lhes dê o perdão
As verdadeiras mães
Meus aplausos de emoção
*****
Sogueira

*QUANDO TE VI*

Poeta do Recanto das Letras
**Quando Te Vi**
** Dueto**
Quando te vi com palavras tão singelas
Olhar distante no quadro emoldurado
Senti um ímpeto de chegar bem perto
E dividir contigo diálogo bem postado

E uma afeição de mulher tão singular
Próprio da feminilidade adormecida
Pegou na tecla e na mente surgiu
Uma comunicação poética envaidecida

De duelar com mãos tão hábeis e amáveis
Que encanta como o dedilhar de um trovador
E admirar-te como os amores virtuais
Apenas na miragem e no vôo dos sonhadores

Sentindo o teu olhar tocando leve,
Teus dedos tão suaves no teclado,
Num momento feliz, embora breve,
Percebo o teu carinho aqui do lado;

Meu verso que é tão brusco não se atreve,
Mas bebe do perfume, extasiado,
E deixa calmamente que se enleve
Num sonho divinal, quase encantado...

Não sabes, mas... A vida me enterneces
Em cada novo verso que me emanas.
Tuas palavras soam como preces
Em redentora sorte que encontrei.

De tuas mãos macias, soberanas,
Apreendo o santo amor como uma lei.
*****
SOGUEIRA
Marcos Loures

segunda-feira, abril 30, 2007

* DIA DO TRABALHO*


* Dia do trabalho *
-1º de Maio-
***
Trabalho há em espécie
Desde o médico ao lixeiro
Todos com seus valores
Um, cura o dia inteiro
O outro, limpa os bueiros.

O agricultor é a base
Produz a matéria prima
Vêm alimentos, vestuários.
O comércio é quem divulga
Com o empresário a fatura

O engenheiro projeta
O arquiteto desenha
O pedreiro constrói
Auxilia o bom servente
Trabalham braços e mentes

Leciona o professor
Trabalho do aluno é estudo
O poeta inspirado escreve
Transmite seus sentimentos
São as letras seu escudo

Dizem que o trabalho
Dignifica o homem
Mas, digna é a nação
Que engrandece o trabalhador
Com seu trabalho em vigor

Difícil divulgar todos
Há profissões variadas
Cada talento um espaço
Faço minha homenagem
Do mais simples ao alto cargo
*****
Sogueira

sexta-feira, abril 27, 2007

* EU DEVIA ESTAR CONTENTE*


*Eu Devia Estar Contente*
*****
Eu devia estar contente
Há tanta água na terra
Mas, a poluição do ar
Polui toda água em reserva

Eu devia estar contente
São tantas escolas e educar
Tantos textos de auto-ajuda
E tanta delinqüência nas ruas

Eu devia estar contente
São tantas crianças nascendo
Tudo se modernizando
Mas, a moral está baixando.

Eu devia estar contente
São tantas cabeças pensantes
Tanta cultura reinante
E o caos no mundo é constante

Eu devia estar contente
A comunicação é galopante
A internet deslumbrante
Mas, a desonestidade gigante.

Eu devia estar contente
Mas, a barbárie no mundo continua
As grandes forças estimulam
As nossas forças estão nuas.

"EU DEVIA ESTAR CONTENTE!"
*****
Sogueira

* NÃO APRENDI DIZER ADEUS*

* Não Aprendi Dizer Adeus*
*****
Não sei dizer adeus
O coração não permite
O olhar foge sorrateiro
O pensamento resiste

A lágrima rola na face
Por lembranças tão longínquas
Que a saudade disfarça
Ilude, engana, justifica.

Já houve tantos adeuses
Da mãe, do pai, do irmão,
Que o adeus do amado
È vírgula, interrogação.

Não quero dizer adeus
Um até logo, até serve.
Talvez nos vejamos por aí
No shopping ou num olhar breve
*****
Sogueira

domingo, abril 22, 2007

* UM NOVO BRASIL *

Descobrimento 22/04/1500
***
** Um Novo Brasil **
*****
Oh! Brasil és criança
Do povo esperança
Que sonha acordado
Com novas mudanças

És belo e grande
Com rios e campos
E o povo faminto
Vagueia nas rampas

Tens potencial a ofertar
Solos férteis que tudo dá
Uma juventude ansiosa
De braços abertos pra lutar

És amado por todos
Por tuas belezas infindas
Teu sol brilhante contínuo
Teu ar de jovem menino

Cultura não falta na terra
Projetos infindos rastejam
Só falta em teu alicerce
Honestidade e bem fazer
*****
Sogueira


terça-feira, abril 03, 2007

* PÁSCOA É RENOVAÇÃO *

* Páscoa é Renovação *
*****
Estamos na semana da Páscoa
Mas, páscoa é todo dia
Quando renovamos nossos atos
Em cada deslize cometido
Em cada momento refletido

Quando revemos o amor
Que estava oprimido
Sufocado na garganta
Desgaste dos tempos idos
Inovando nossas vidas

Quando olhamos o mundo
Disputado passo a passo destruído
Por critérios escolhidos
Recuperamos o perdido
Desgarrado, abandonado, oprimido,

Quando reconstruímos a família
Que se encontra sucumbida
Repensando seus valores
Sendo sempre consumidos
Pelos lares, pelos filhos.

Quando olhamos para o alto
Vemos a força Divina
Agradecemos a Deus
Pelo exemplo que ensina
Pela força que domina
*****
Sogueira

quarta-feira, março 21, 2007

*DIA MUNDIAL DA ÁGUA*


*Dia Mundial da Água*
22 de Março
*****
Água, líquido universal
Incolor, inodoro
Dois átomos de hidrogênio
Um de oxigênio
Gases que unidos
Formam o líquido exigido.

Água mineral, da fonte,
Natural, do orvalho,
Da chuva, da lágrima,
Do sangue, do corpo essencial,
Destilada, livre dos sólidos
Organismo residual.

Água poluída
Pelo homem animal
Nos mares com dejetos
Dos rios é lixeira
Na química pelo ar
Que a atmosfera poluirá
Usinas, carros a desfilar.

Água pra tomar
Banhar, lavar, aguar,
Refrescar, nadar
Navegar, apreciar
As ondas do mar
Salgada, sal, salina,
Não pode faltar

Água potável
Pode breve faltar!
Se o homem não cuidar
Seus males vêm no futuro
A sede vai matar, sonegar,
Um pingo será disputado
Pra a sobrevivência do lar.
*****
Sogueira

segunda-feira, março 12, 2007

** A LUA **


** A Lua **
***
Lua dos namorados
Dos sonhos e fantasias
Implorando pelo brilho
Das noites, iludindo os dias.

Dos seresteiros de outrora
Mendigando ao luar
Uma claridade constante
Pra o violão dedilhar

Dos poetas delirantes
De beleza inspirados
Da imensidão onde habitas
Por estrelas, rodeada.

Lua que sempre me inspiras
Ao ver-te assim tão distante
Disponível em teu encanto
Inundas meu olhar constante

Tua claridade suave
Aos enamoradas encanta
Em qualquer ponto da terra
Provocas sorrisos e prantos
*****
Sogueira

quinta-feira, março 08, 2007

** MULHER **


** Mulher **
***
Mulher princesa
Foi educada
Para as prendas do lar
Mulher escrava
Sujeita ao coronel
Explorada em todo lugar
Mulher parideira
De grande prole
Submissa sem opção
Sem condição de voar
Mulher mudança
Letrada, guerreira,
Olhou para fora
Saiu do lugar
Em profissões diversas
Consegue atuar
Desde mecânica
A astronauta do ar
Mas, a mulher mãe,
Geradora universal
Que povoa o mundo
Não pode mudar
Foi até escolhida
Pra ser mãe de Jesus
Para o mundo reinar
E como mãe continua
Sustentáculo do lar
Que Deus lhe proteja
Dos que não sabem amar.
Reconhecer seu valor
E uma “flor” ofertar
*****
Sogueira

*** VOCÊ ***


*** Você ***
***
É uma curva fechada
Uma passagem perigosa
Um vidro sem perfume
Um jardim sem rosa
Uma água sem sabor
Um alimento sem sal
Uma casa sem janela
Sem estrada especial

Queria que você fosse:
Uma curva bem segura
Passagem de ida e volta
Um perfume bem suave
Um jardim com duas rosas
Água limpa, destilada.
Alimento para alma
Na janela um buquê
Uma oferta milagrosa.
*****
Sogueira

domingo, fevereiro 18, 2007

MADRUGADA, no Cotidiano


MADRUGADA,
no Cotidiano
***
O vento zoava no ar
Madrugada adormecia
Sonos perambulavam a mente
Na penumbra, adormecia.

O vento soprava frio
Adentrava no ambiente
Aconchegava os lençóis
Num agasalho permanente

O corpo logo adormecia
Imagens sempre formavam
Um animal desvairado
Avançava, perseguia, rosnava.

Um bichano no telhado
Miava, miava, estridente.
Rasgava a noite silenciosa
Despertava toda gente

A voz do noticiário
Anunciava mais uma rotina
Com fatos desconcertantes
O palco abria a cortina

Mais um assalto surgia
Mais uma luz apagava
Mais impunidade acumulava
Mais um sorriso fechava

Mais uma lágrima caía
Mais uma dor sufocava
Mais um sonho fenecia
Mas, a vida continuava
*****
Sogueira

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

*A JOÃO HÉLIO* a crinça mártir


**A João Hélio Fernandes**
a criança mártir
***
És símbolo desta nação
Do mártir inerme, indefeso
Que o destino ingrato uniu
Às mãos de grandes perversos

Ceifaram tua curta vida
Um botão a desabrochar
Mal teu perfume surgiu
Espinhos vieram sugar

Toda a nação chora
A lágrima de tua mãe
O peito apertando doído
Com tamanha comoção

Foste vítima do destino
De jovens, sem bases no lar
De pensamentos doentios
De mãos que não sabe afagar

Se tua mãe recebesse
Toda riqueza ofertada
A dor que leva consigo
Jamais será dissipada

Se uma coroa de rainha
Fosse a ela ofertada
Não dizimaria a dor
Para sempre lembrada

Deus proteja essa mãe
Dá magoa, a consolação
Que seu coração adormeça
Na paz, no amor, na união
As lágrimas da minha face
Junte-se ao povo servil
De mãos dadas rezemos
Pelas crianças do Brasil
*****
Sogueira

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

* DIFÍCIL ESQUECER*


** Difícil Esquecer **

*****
Aquele olhar concentrado
Seus passos curtos cansados
Dependente em todo espaço
Com pensamentos bem vagos

O cavalo que montava
O chapéu, sempre usava
Quando chegava levava
Segurança, autoridade

A mesa onde sentava
Ao redor, filhos estavam
No almoço ou no jantar
O mesmo lugar ocupava

O leite mugido, espumado
Toda manhã despertava
Levado a mim bem cedo
Bigode de espuma ficava

Difícil mesmo esquecer
Lembranças mágicas, doídas
Deste meu pai querido
Nunca, jamais esquecido

São tantas recordações
De zelo, carinho, cuidado
Que o coração apertadinho
Chora, sorrir de saudade.

*****

Sogueira

terça-feira, janeiro 16, 2007

* RENOVE SEU DIA *


* Renove Seu Dia *
***
O dia amanheceu novamente
Não siga a mesma sina
Mude, revolucione a rotina

Dê um sorriso bem largo
Faz exercício na face
Espanta, assusta a maldade

Dê um abraço apertado
Relaxe, destrua o stresse
Mantenha-se sempre de pé

Faça uma caminhada
Saboreie cada passada
É vida bem renovada

Perdoe a quem lhe feriu
Agradece o coração
Terá paz, força, união

Recolha uma flor no jardim
Faça uma oferta mimada
Toda vida é renovada

Pense sempre positivo
Seu guia é seu pensamento
Conduz-lhe a todo o momento

Agradeça ao nosso Deus
Por mais um dia vivido
Seus olhos, mãos e sentidos.
*****
Sogueira

** SAUDADE V **


** Saudade V **
*****
Recordação bem guardada
Debaixo do coração
Apertando o sentimento
Chorando de emoção

Da infância adormecida
Inocência florescida
Das brincadeiras vividas
Lembranças nunca perdidas

Do meu sertão sertanejo
Das florestas e belezas
As aves cantando cedo
Com liberdade e destreza

Da igrejinha antiga
Das festanças do lugar
Do Cristo-rei na calçada
Com braços abertos ao luar

Das brincadeiras de roda
No areal enluarado
Do meu papai amado
Olhando maravilhado

Da pequena escolinha
Onde o abc aprendi
Da primeira professora
Sempre sorrindo feliz

Mas que saudade danada
Que me leva a meditar
Que gerações vem e vão
Foi assim sempre ser
****
Sogueira