sexta-feira, junho 29, 2007

*FESTAS JUNINAS*

**Festas Juninas**
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As festas juninas chegaram
Com alegria no grande arraial
Os casais dançam animados
Rodopiam com frenesi geral

São evoluções bem variadas
Casais trocando seus passos
Vestidos com babados e fitas
Desfilam ao pé dos seus pares

A competição é arrojada
Disputam o primeiro lugar
Nascem amores nos ensaios
O casamento vai breve chegar

Há comidas das mais variadas
Em cada região tudo é usado
Pamonha, milho, canjica, cocada
Tapioca, mugunzá, pipoca salgada

As moças indagam dos santos
Com adivinhações variadas
Pedindo a São João, Santo Antônio
Um marido pra serem amadas
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Sogueira

*OCORPO HUMANO*


**O Corpo Humano**
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Este corpo que meus olhos já saciam
De uma perfeição ímpar em desigual
Eterniza-se numa miragem deslumbrante
Pecado mudo ocultamente sensual

Todos os cantos projetados em sintonia
Olhar sereno, infiltrando no meu ser
Mãos que afagam deslizando mansamente
Sorriso grande de conquista e querer

Esta escultura caprichada em oferta
Que a providência esculpiu naturalmente
É desafio as mortais simples carentes

Corpo perfeito que a terra há de tragar
Em igualdade a tantos outros desprovidos
Que seja eterno enquanto vida for servido
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Sogueira

*MINHAS LEMBRANÇAS*

Minha pequena cidade
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**Minhas Lembranças**
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Sertão de grande beleza onde nasci
Rios de enchentes anuais desfilavam
O nado era diário ao sol escaldante
As águas barrentas, galhos carregavam

O peixe das águas doces, sabor natural
A tarrafa jogada em força, tamanha
Lembro com saudade imensa e mais
A chegada do meu pai feliz da façanha

As brincadeiras de rodas ao luar.
Visitando os parentes, o leite mugido
Os longos passeios com minha avó
A melancia, a batata pura, servidas.

As festas religiosas únicas do lugar
O encontro dos parentes afastados
As quermesses disputadas com rainhas
Eu “rainhazinha” criança desfilava Ah!

Que saudade que aperta o coração
Criança feliz, com um pai em devoção
O coração apertou agora bem de mansinho
Das lembranças, das boas recordações.
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Sogueira

*DUAS METADES*


*Duas Metades*
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Sou metade do amor carente
A outra metade és tu vibrante
Completando esta harmonia
Duas almas vias deslumbrantes

És sol iluminando meus dias
Sou lua claridade das noites sombrias
Esconde-te pra tua luz me ofertar
Irradio as noites inspirando poesias

Sou como a terra fértil a procriar
E tu semente origem da fonte vida
Ambos numa simbiose de união
Seres que navegam de forma definida

Somos duas almas metades desiguais
Dois seres incompletos, origem animal
Células que unidas na criação Divina
Completam-se na procriação Universal
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Sogueira