domingo, dezembro 27, 2015

*ALÔ 2015


Alô, 2015

O sol amanheceu olhando o dia
Colheu em cada olhar a emoção
Mirei, pensei que a felicidade irradia
E planta sonhos, rega o coração,

De amor, perdido em vãos minutos
Atropelando dias, varrendo as horas,
Tempo perdido, atônito, e segundos
Corta a esperança, o mal aflora.

A rua está deserta tudo é silêncio,
O pensamento pousa nas lembranças,
E vi que o tempo corre nos milênios,
Quiçá, um ano cheque em fianças.

Roguei aos Céus por proteção diária,
O mundo está em crise, à mão dispara,
Os homens não entendem a culinária
A fórmula da paz, a mão que ampara.

Pudesse eu domar a rebelde criação
Faria em cada lar um sólido abraço,
No mundo um só discurso de união,
Amor e fraternidade no mesmo laço.

Um ano onde o bem vencesse o mal,
As portas fossem abertas ao irmão,
Caíssem os muros e a bênção Divinal
Fizesse do amor pacote de afeição.


Sonia Nogueira


Natal  Vídeo Poesiart

domingo, outubro 11, 2015

*SONHA CRIANÇA


*Sonha Criança 

Sonha, o sol já sumiu
Foi pra outras paragens
Seu tempo cumpriu.

Sonha, a noite parou.
A cidade dormiu
O silêncio chegou.

Sonha, as estrelas cintilam
Desenham teus sonhos
De cores bem vivas.

Sonha, a vida te espera
Teus passos são longos
A estrada é bem reta.

Sonha, sorrindo estás
Com certeza os anjos
Vigiam teu lar.

Sonha, sem pesadelos
Enquanto és criança
Levantas castelos.

Sonha, a vida é longa
Às vezes bem curta
A manhã já desperta.

Sonia Nogueira



domingo, agosto 30, 2015

O FOLCLORE BRASILEIRO



*O Folclore Brasileiro
22 de agosto

Brasil que não nega sua herança:
Do nativo os costumes deixados,

Do negro no samba que dança,
Portugueses por todos os lados,


Em cada região um mito ou lenda,
Um contador de história na gíria
Uma falação que de encomenda,
Vira explicação mesmo empiria.

Saci de uma perna só e cachimbo,
Espanta cavalo, pula, gargalha,
Cobra de fogo, Boitatá ringindo,
Boto Rosa na Amazônia encalha.

Mãe D’água, e beleza da sereia,
Com encanto o homem conquista,
Sem Cabeça vem a Mula, semeia,
Cruz credo o pároco da na vista.

Assusta os caçadores, o Curupira,
Os pés, voltados para trás, engana,
A mulher da meia noite é figura,
Some no cemitério, que tirana!

Vem Zumbi a figura do Guerreiro,
Nos medos infantis a Bruxa é má,
Na lua o lobisomem sorrateiro,
Faz seu jantar de sangue no luar.

Nas brincadeiras a pipa, a quadrilha,
Esconde-esconde e amarelinha, 
Bumba-me- boi, capoeira na trilha,
Passa o anel, bola de gude na linha.

Brasil folclorista de festejos e taças
misturas de povos, herança das raças.


Sonia Nogueira

terça-feira, abril 21, 2015

*FORTALEZA 289 ANOS


 *Fortaleza, 289 Anos
13 de abril  (1726)  

Veto-te assim cheia de formosura
Ainda criança engatinhando,
Em cada cantinho de tua ternura
Aprecio, vou te mimando, adotando,
Ainda com o “Rostro Hermoso”
Vejo em ti o mesmo canto mavioso.

Descrever-te é difícil missão
Por tua história em detalhes mil,
Do caranguejo de boa refeição,
Aos jangadeiros de calor varonil,
Desde as dunas ou morros andantes,
Aos manguezais e seus mirantes.

Teus fortes formaram conquistas:
São Tiago, São Sebastião, na Barra,
A índia Iracema romance contista,
Colonizadores de luta e de garra,
Décima Região militar, o povoado,
Surgiu Fortaleza e povo abalizado.

Cidade plana de clima saudável,
Povo hospitaleiro, bronze na pele,
Recebe o turismo, povo afável,
Registro como paisagem na tele.
Banhada pelo sol que nos aquece
Como sinfonia em canto e prece.

De tuas mazelas deixo-as ocultas,
Para não apagar o brilho da festa
Das ondas das praias em escuta,
Ouço o murmurar com orquestra,
Dos parabéns deste povo cativo,

Nosso abraço no peito abrasivo.

Sonia Nogueira

domingo, março 08, 2015

MULHER 03 DE MARÇO



*Dia Internacional da Mulher
               08 de março

Quando Deus te criou, mulher,
Vieste com grandiosa missão,
Procriar, na terra, a rede tecer,
fazer da vida terna comunhão:

lavar, passar, engomar, bailar,
varrer, correr, sofrer, sobreviver,
sem esquecer a força de amar,
sorrir, parir, mentir, renascer.

Em cada nascer, ao sol se por,
repor as energias, ativar o labor
e do cansaço, na rotina, chorou.
Seu criador pensou, pensou...

E, falou a mulher em agonia
“Libertas quae sera tamen”
"Liberdade ainda que tardia?
Senhor! Sou toda ouvida, amém.

Abriu a porta, subiu no salto,
fez de a leitura saber, e cultura,
na profissão ganhou o asfalto,
do amor, partilha ou ruptura.

A vida triplicou espaço e vida,
trabalho, lar, filho e profissão,
peso e labuta, vinda e partida
fizeram da mulher sua missão.

E sofre, e rir, e chora, e ama,
herói de sua história fez-se ativa.
Por tanta descrição em sua fama,

Parabenizo-te mulher, força e diva.

Sonia Nogueira

domingo, fevereiro 15, 2015

*NO CARNAVAL



 *No Carnaval

O povo esquece agonias
Pula, grita no asfalto,
Sorrisos embalam alegrias,
Bebidas, e muitos assaltos.

O coração palpita agitado,
No samba, frevo, três dias,
Pai e mãe, folia agitada,
Filhos, amigos, e fantasias.

Suor, cabeça agitada,
É multidão se abraçando,
Na quarta a vida sonhada,
O corpo cansado lembrando.

Até para o ano povo varonil

Neste Rio que encanta o Brasil.

Sonia Nogueira