sexta-feira, outubro 20, 2006

* DEIXA-ME VOAR *


*Deixa-me Voar
***
Deixa-me voar
Acima das nuvens
Abaixo do céu
No nível do mar

Navegarei no barquinho
De papel, imaginário
Escrevendo minha estória
Nas ondas deste templário

Neste espaço infinito
Segurarás minha mão,
E juntos, o céu protege
Os puros de coração

E as nuvens vão passando
Esbranquiçadas, tranqüilas
Caminharemos com elas
Longos espaços em milha

Se ao pousar deste sonho
Encontrares os sonhos meus
Agradeceremos a Deus
Pela vida que nos deu

Voar jamais deixarei
Para cantar o amor
Livre mensagem farei
Se a palavra inspirou
Sogueira

terça-feira, outubro 10, 2006

** DIA DA CRIANÇA **


** Dia da Criança **
*12 de Outubro*
*****
Cassiano, bela criança
Veio ao mundo embelezar
Teus pais, tua vida, teu lar
Como flor hás de brotar

Criança, futuro que desabrocha
Emblema de destaque e leveza
Cativa do berço, onde esboça
Plenitude de projeto e firmeza

Criança, esperança do lar
Enseada preparando o porvir
Porcelana que há de quebrar
Fortaleza no mundo a seguir

Criança, mudança esperada
Horizonte buscando espaço
A pureza conduza teus passos
Pra vida te ofertar regalo

Criança de sorriso franco
Olhar de suprema sublimação
Teu livro tem páginas em branco
Escreve com tinta do coração

Criança que o mundo conduz
Ofertando flores e espinhos
Semeia teu jardim de luz
Deus guiando teu caminho
*****
Sogueira
Obs. O Cassiano é filho de uma colega
de profissão, a Cátia Benevenute.

domingo, outubro 08, 2006

@ CAMINHA COMIGO @

# Caminha Comigo #
*****
Caminha sempre comigo
Dentro do mesmo compasso
Indo na mesma direção
Sem confundir o espaço

Sem desviar da estrada
Atento ao mesmo sinal
Levando dentro da mala
Um coração bem leal

Avista, lá bem longe
Uma curva perigosa
Servindo de guardião
Nas travessas duvidosas

Há caminhos variados
E estradas desiguais
Todas são exploradas
Diamantes, ouro, cristal

O diamante vislumbra
O ouro, encanta, seduz
O cristal, frágil ilumina
Se quebrado não reluz

Navegas em águas claras
Que possamos distinguir
Sombras, pedras, espinhos
E Deus pra nos redimir
*****
Sogueira

sexta-feira, outubro 06, 2006

$ A CHUVA $


** A Chuva **
*****
A noite está calma
A cidade dorme nua
O vento sopra suave
As luzes iluminam as ruas
O coração bate medroso
Deste silêncio em refúgio

Um clarão inesperado
Traspassa a vidraça tranqüila
O corpo se encolhe no leito
Aguardando o estampido
O trovão rasga a noite
Do silêncio adormecido

E esperança desperta
Com o canto da melodia
Que ecoa na leve brisa
Derramando água fria
E sopra uma canção
Agitando as nuvens guias

Que derrama suas lágrimas
No telhado colorido
Saltitando e bailando
Com gotejos repetidos
Banhando toda cidade
Com inesperado ruído

Chuva que molha a terra
Ressequida, atormentada
Inunda esta massa imensa
Irrigando em disparada
Encontra com a força bruta
Os lençóis profundos d’água
*****
Sogueira



quarta-feira, outubro 04, 2006

$ SER SÁBIO $


** Ser Sábio **
***
Ser sábio é reconhecer:
Suas limitações e fraquezas
Ponderar suas incertezas
Ser sempre um aprendiz
Seguindo uma diretriz
Saber sempre distinguir
O menor sem denegrir
Não se sentir o primeiro
Caminhando em derradeiro
Sentir-se sempre discípulo
O aprendizado é infinito
Demonstrar que o saber
É o despertar do querer
A imperfeição é natural
É um processo desigual
As diferenças fazem ver
A complexidade do ser
Medir a inferioridade
Diante do Universo
A Grandiosidade
Cultura é saber criar
Quando a mente comandar
A arte é a expressão
Que enobrece o coração
Os saberes, são eternos
Cada um tem seu critério
Moderação, contemplação
Traz ao sábio
Sua grande criação
*****
Sogueira

domingo, outubro 01, 2006

* SEM RETORNO *


** Sem Retorno **
*****
Escancarei minhas portas
Abri o maior dos sorrisos
Entraram no meu jardim
Admiraram toda beleza
Elogiaram a mansidão
Adubaram minhas flores
Regaram minhas plantas
Ofertaram-me uma rosa

Despertei a emoção
Palpitou meu coração
Embalou meus desejos
Revolucionou meu cérebro
Vagueei no inconsciente
Rebusquei além das cinzas
Inspirou-me a criação
Poetei uma canção

E foi embora...
Sorrateiro, cabisbaixo
No ocultismo empacado
Sem um adeus...
Um até logo...
Um até breve...
Ou até nunca...
Sem retorno...
Sem perdão...
***
Sogueira


$ SE O TEMPO VOLTASSE $


* Se o Tempo Voltasse *
*****
Sonhava menos
Agia mais
Falava menos
Ouvia mais
Retraía-me menos
Namorava mais
Trabalhava menos
Passeava mais
Freava menos
Ousava mais

Na areia da praia
Caminhava descalça
Avançava o sinal da vida
Cantava o amor ao vento
Sorria embargando a dor
Pisava na indiferença
Obedecia ao coração
Controlava a razão
Teria mais decisão
Roubava o tempo
Gritava a solidão

Abria as portas
Deixava o sol entrar
A lua pernoitar
O vento soprar forte
O som emudecer
A noite acalentar
O violão tocar
A sintonia pedida
A força não resistir
Para o meu sono
Sonhar... sonhar..
***
Sogueira