sexta-feira, outubro 06, 2006

$ A CHUVA $


** A Chuva **
*****
A noite está calma
A cidade dorme nua
O vento sopra suave
As luzes iluminam as ruas
O coração bate medroso
Deste silêncio em refúgio

Um clarão inesperado
Traspassa a vidraça tranqüila
O corpo se encolhe no leito
Aguardando o estampido
O trovão rasga a noite
Do silêncio adormecido

E esperança desperta
Com o canto da melodia
Que ecoa na leve brisa
Derramando água fria
E sopra uma canção
Agitando as nuvens guias

Que derrama suas lágrimas
No telhado colorido
Saltitando e bailando
Com gotejos repetidos
Banhando toda cidade
Com inesperado ruído

Chuva que molha a terra
Ressequida, atormentada
Inunda esta massa imensa
Irrigando em disparada
Encontra com a força bruta
Os lençóis profundos d’água
*****
Sogueira



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