sexta-feira, julho 14, 2006

VIDAS INÚTEIS


Vidas que se apagam
Na encruzilhada da noite
Perdem-se antes da ida
Sem caminho, sem retorno
Seu destino, uma praça
O leito uma esteira
Como destino seu teto
A chuva é o banheiro
O roupeiro, único exclusivo
Faz o corpo como esteio
Como banquete o piso
Sentado com muito esmero
Esta imagem descrita
Dos muitos em nosso país
Vejo todos os dias
Na praça próxima a matriz
Da cidade onde moro
Tranqüilo vivendo ali
Sujo, barbado, temido
Sujeito a qualquer destino
Sem poder, sem ser punido
São os pobres desvalidos
Que a vida os destinou
Destino?...Ou infortúnio
É mera especulação
Todo mal da humanidade
Tem por base a educação

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