*De Nada Vale*
De nada vale o sol que queima a terra,
Se no teu olhar a centelha acabou.
Ou na claridade que a luz encerra,
A luz opaca do semblante apeou...
Sem a efervescência do amor real,
Ou a espontaneidade que frutifica,
No discorrer do tempo em colossal,
Da grandeza que no peito edifica.
As horas não velam pela chegada,
Quando a partida desviou o rumo.
Na quietude a nirvana, sem rajada,
Perde-se na sombra do opaco luar.
De nada vale a perspicácia do prumo,
Se no coração é um vácuo a vagar.
Sonia Nogueira *sogueira*
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