
A Natureza
Quando te olho na imensidão da paz
Minha alma rir remete-se ao infinito
Criador e criação sempre em conflito
Por não entender do mistério solaz
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Respiro a atmosfera, digo oxigênio
Levando aos pulmões agradecidos
Galhos movimentam-se em alaridos
Pela grandiosidade, os anos milênios
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Na terra como leito fez-se amante
Aconchegou meu corpo sob o sol
A sombra do arvoredo em arrebol
Cobriu todo encanto neste instante
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Olhar e mente quase sonâmbulo
Flutuam como nuvem em desalinho
Aves chilreando sonata e burburinhos
Parecendo paraíso, sonhar preâmbulo
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Ruge a fera ao longe, rei da selva
Faminto devorador por resistência
A mesma mão carente nutre a relva
Detona a fera em riso e continência
Classificada nas três primeiras colocadas
No Concurso Poesias Encantadas, 2010,
Mogi Guaçu SP. Coordenador Luciano Becalete
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