sábado, dezembro 18, 2010
*TROVAS NATALINAS
domingo, outubro 31, 2010
*NATUREZA

A Natureza
Quando te olho na imensidão da paz
Minha alma rir remete-se ao infinito
Criador e criação sempre em conflito
Por não entender do mistério solaz
*
Respiro a atmosfera, digo oxigênio
Levando aos pulmões agradecidos
Galhos movimentam-se em alaridos
Pela grandiosidade, os anos milênios
*
Na terra como leito fez-se amante
Aconchegou meu corpo sob o sol
A sombra do arvoredo em arrebol
Cobriu todo encanto neste instante
*
Olhar e mente quase sonâmbulo
Flutuam como nuvem em desalinho
Aves chilreando sonata e burburinhos
Parecendo paraíso, sonhar preâmbulo
*
Ruge a fera ao longe, rei da selva
Faminto devorador por resistência
A mesma mão carente nutre a relva
Detona a fera em riso e continência
Classificada nas três primeiras colocadas
No Concurso Poesias Encantadas, 2010,
Mogi Guaçu SP. Coordenador Luciano Becalete
*
*
domingo, outubro 10, 2010
*FLORAÇÃO DO TEMPO
Floração do Tempo
*
F- Fecundado estás para vida
L – Levando todo esplendor
O – Oh, criança és guarida
R – Riso em ti e muito amor
A – Ainda que o tempo nuble
Ç- Caiam as folhas ressequidas
A – A alma permaneça rude
O – O tempo será teu, amiúde
D - Dádiva da natureza sem talvez
O – Ode nas horas canto e vez
T – Tempo floresça na estação
E – Enquanto há busca do sonhar
M – Mantenhas o amor em tuas mãos
P – Poder constante no verbo amar
O – O coração criança, florescerá
Homenagem a Criança, 12 de outubro
SoniaNogueira
sexta-feira, outubro 01, 2010
*ARTE E ENIGMA
Arte e Enigma
*
Quando te olho te bebo de paixão
Na tela, a tinta colorindo a mente
Imagino o pincel bailando na mão
Surge o sol, a lua, a nuvem fluente
Por traz da árvore o rochedo tímido
A porta fechada, dentro o enigma
Na casa, o que habita? tema rígido
Cria a imagem, sonho frio e cama
O caminho infinito e todo mistério
Passos, sem rota amplidão azul
Sol e poema nascem sem critério
É arte confabulando norte a sul
Minha primeira tela acanhada e nua
Minhas origens meu retrato sertão
Dilema íntimo entre arte que flutua
Na singeleza vou buscando perfeição
*
terça-feira, agosto 31, 2010
*FELICIDADE

Felicidade
*
Hoje te pus na sacola, de manhã
Trouxe na lembrança pálida, viva
Restos das mãos de uma artesã
Tecendo descoberta que nos priva
De te encontrar em lugares simples
Envolta nas pequenas descobertas
Num sorriso, no piscar que imprimes
Emoções doadas entre ofertas
Às vezes erramos o caminho curto
Dobramos outras ruas, outra direção
E na esquina estás em tempo furto
De braços abertos, sorriso maroto
Bem na frente, na nossa direção
Mas a-venda maquila outro porto
*
Sonia Nogueira
quarta-feira, agosto 04, 2010
*AO MEU PAI

Meu pai, jovem
*Ao meu Pai
*
Quando me lembro de ti mocidade
Labuta diária, planos no futuro
Ultrapassando muros, tempestade
Recordo teu olhar verde, aflito e puro
Memorizei teu passo firme, inteiro
Na pressa para o tempo não apagar
Os anseios guardados no canteiro
Na flor branca que vinhas ofertar
Foram anos plantados cada dia
De amor, zelo, carinho e proteção
Embrulhados no jardim coração
Que a saudade terna acaricia
Saudades são tantas catalogadas
No álbum que a mente recorda
Como raiz estendida, arraigada
Cresce de dia a noite transborda
A ruga quase não veio na face
Sorriso franco o final sem ação
A mão sem força fez-se fugace
Guardo de ti, pai, toda emoção
*
segunda-feira, julho 12, 2010
*O SABOR DA PAIXÃO

* O Sabor da Paixão
(Rondel)
Paixão tem sabor de pressa, vida
Como a rapidez de um achado
Fogo que queima que se endivida
Coração pulsando amor ilhado
É como um campo de concentrado
Urge alimento ao corpo na lida
Paixão tem sabor de pressa, vida
Como a rapidez de um achado
Sorve um trago na boca apetecida
A água ferve a lenha vira cinza
No bule nem chá cura a ferida
A boca amarga no final ranzinza
Paixão tem sabor de pressa, vida
*
SoniaNogueira
*TENHO MEDO

Tenho Medo
(Rondel)
Da palavra que fere como lança
Das correntes que privam liberdade
Da hora dos ponteiros na balança
Do olhar frieza, vida sem claridade
Como não temer a ira, falsidade
Que corta coração na esperança
Da palavra que fere como lança
Das correntes que privam liberdade
Medo eu sinto da voz que não alcança
Das incertezas que o tempo oculta
Desperdício fechado que atravanca
Sem partilha, da mão que não disputa
Da palavra que fere como lança
*
Sonia Nogueira
quinta-feira, junho 17, 2010
*SE

Se
No amor é sim ou não. Talvez,
Não combina com verbo amar
Se, é complemento absurdez
Não sei, dê um tempo pra pensar
*
Assim o se caminha no escuro
Se chover, não posso aportar
Se hoje der eu te procuro
Ou amanhã quem sabe dará
*
Se te quero assim na presença
Se estiveres longe eu nem lembro
Se der certo, talvez dezembro!
Se, é condição sem salvação
*
Há, melhor seria uma solução
Sim ou não, por favor, dê licença
*
quinta-feira, junho 03, 2010
*TAMBORES DO CORAÇÃO, BRASIL
Tambores do Coração,
Brasil
*
O Brasil todo esperando
Coração palpita apressado
O povo vai assim sonhado
O gol de tanto almejado
Vibra no peito o rascunho
Agora no onze de junho
Coração, tambor e raça
Bate, bate na emoção
Buscando mais uma taça
Bate, cantando a canção
O mundo todo te abraça
Vestindo a camisa, irmão
O riso acompanha o gol
A lágrima na face impera
Verde, branco, azul, o sol
Desta terra que se venera
Lista, conquista em rol
Hexa traz luz e quimera
Na voz o grito vibrando
Nas ruas amor, confiança
O povo na igreja rezando
É tanta fé na esperança
Que agita a vida em bando
Toda nação esperando
O gol na garganta aflita
Brasil traz a taça e agita
Numa só voz bendita
Gooooooooooooooool
SoniaNogueira
terça-feira, maio 25, 2010
FAZ-ME UM FAVOR

Faz-me um Favor
Quando vieres traga a bagagem
Completa no rótulo da embalagem
Sem excessivos fúteis de desejos
Apenas o amor como fonte ensejos
Na voz a poesia que enaltece
No corpo temperatura que aquece
Na alma somente e somente paz
Vestindo palavra muda e eficaz
Apenas no olhar vida e querência
Sem erotismo, ao natural, vivência
Da emoção flutuando sinceridade
Para que a luz lamba consistente
Toda seiva de amor ali presente
Misto de amor, sonho, serenidade
*
Sonia Nogueira
domingo, maio 16, 2010
*SERENIDADE
* Serenidade
Sentada ao por do sol olhando o mar
A natureza toda é festa e harmonia
Mente e coração mudo vai encontrar
Serenidade pousando e sintonia
*
Na plenitude da paz que a hora ousa
O pêndulo do tempo nem ausculta
O vento em murmúrio em mim repousa
E tudo está em êxtase na mente astuta
*
Perece que a canção rompendo a onda
Estaciona incrédula, a tarde finda
Somente água e canção fazendo ronda
*
O olhar envolto sorve toda trama
A alma cala, o sonho brota, e ainda
Murmura, onde amor, se tudo é drama